Viagem feita em 2018 – Post atualizado em 2020

A Garden Route, oficialmente, vai de Storms River até Mossel Bay. No entanto, a maioria das pessoas faz um trajeto maior ligando duas cidades de interesse.

No nosso caso o ponto de partida foi Porto Elizabeth e o de chegada a Cidade do Cabo.

A meu ver, passeio obrigatório numa viagem à África do Sul.

Foram 750 km com dezenas de cidades e praias incríveis para explorar e uma estrada com paisagens sensacionais.

Vou me arriscar numa opinião polêmica. Não deixa nada a desejar às estradas da Toscana. Exagerei ? Depois me digam, por favor.

O tempo para fazer a rota vai de cada um. Eu acho que o ideal seria deixar uma semana livre e colocar o pé na estrada.

Gostou da cidade, se hospeda e passa uma noite no lugar. Não gostou ? Só valeu para dar uma olhada mesmo ? Segue viagem.

Nós fizemos em 3 dias. Achei pouco, mas era o tempo que eu tinha.

Eu pesquisei as cidades que queria conhecer e fui dividindo a rota pra não ficar muito pesada.

Alugamos o carro na Hertz, 4 diárias, pegando em Porto Elizabeth e devolvendo na Cidade do Cabo. Pagamos cerca de 200 dólares com os seguros.

 

PORTO ELIZABETH

 

Depois do Kruger Park, pegamos um voo de Joanesburgo até Porto Elizabeth.

Voamos pela Mango. Uma low cost sul-africana que opera muitos voos da South African. Correu tudo bem. Voo saiu no horário, foi tranquilo e chegamos em Porto Elizabeth num dilúvio. Mas o pouso foi excelente. Ufa!

Pagamos cerca de R$ 210.00 pela passagem.

A ideia era só pernoitar na cidade. No dia seguinte de manhã pegar o carro e seguir até Jeffreys Bay e dormir lá. J-Bay fica a uma hora de Porto Elizabeth. Então teríamos o dia inteiro pra curtir o paraíso dos surfistas.

Porém, Porto Elizabeth vale uma explorada.

Tem uma orla interessante e acho que pelo menos uma volta mais calma de carro pode ser proveitosa.

Se você optar por se hospedar em Porto Elizabeth, tenho uma dica.

E aqui vai um parêntese especial na nossa viagem. Chama-se 23 On Glen Guest House.

Uma casa incrível de dois andares que funciona como uma pousada. Pelo que entendi, administrada por uma família. A casa é sensacional. Dá vontade de morar lá. E a recepção foi incrível.

A foto acima é do salão principal.

Lembra que meu irmão machucou a perna no Kruger Park ( Post sobre o safári no Kruger Park ) ? Então, ele precisava fazer curativos.

No dia seguinte ao da nossa chegada, pela manhã, ele descobriu que a bandagem que havia comprado não prestava. Não grudava na pele.

Então fui à recepção e perguntei para a Sra. Trishna onde havia uma farmácia e expliquei a situação. Ela falou: “eu te levo de carro até a farmácia”. Fiquei sem graça e disse que não precisava.

Ela insistiu, disse que seria num minuto.

Depois de relutar um pouco, aceitei a gentileza. Fomos até a farmácia batendo um papo bem agradável e ela até se desculpou, em nome dos sul-africanos, pelo tratamento que nos deram no Skukuza.

Não é toda hora que vemos gestos como esse.

Algumas vezes uma parada que era pra ser só protocolar, de um pernoite e um café da manhã, nos marca para sempre.

Ficamos muito gratos a ela.

E prometemos que iríamos registrar isso no nosso post. Promessa cumprida, Mrs Trishna !

Passada a rasgação de seda, pé na estrada rumo a Jeffreys Bay.

Uma hora de viagem até o destino.

JEFFREYS BAY

 

A chegada é de arrebatar.

Praias maravilhosas, casinhas bem arrumadas ao longo da rua principal, condomínios de luxo de frente para o mar…

Aí, do meio da cidade em diante começa a ficar mais simples. Até aí, nenhum problema.

Até que descobrimos que do meio pra frente também começa a ficar meio violento.

No Hostel Big Island, que reservamos mas que acabamos não ficando, nos orientaram a não andar a pé de noite e não descer para a areia da linha do hostel em diante.

Portanto, minha dica é reservar um hotel ou pousada na parte inicial da cidade.

No Hostel Big Island, citado acima, havíamos reservado um quarto privativo. 

Nosso quarto era uma caixa de fósforo, de madeira, de frente pro mar, no inverno, com banheiro compartilhado.

Tudo pra dar errado.

Fiquei em hostel em toda a minha vida, mas como não estávamos na vibe de festa e também porque iríamos morrer de frio, acabamos mudando de hospedagem.

Fomos para o Bay Cove Inn. Sábia decisão, porque durante a noite fez uns 5 graus. 

A parte interna do hotel também é bem agradável. 

A cidade é legal. Tem umas lojas outlet das principais marcas de surfe (Rip Curl, Billabong, etc). 

Tem alguns restaurantes legais e casas bem charmosas. 

Mas o grande lance da cidade não é nada que o homem tenha construído, mas sim o que a natureza oferece. 

Vale muito escolher um bom local ao longo da praia para acompanhar as ondas de Jeffreys Bay.

As ondas são incríveis.

O surfista entra na onda a uns 200 metros de onde você está e sai da onda na sua frente.

É incrível a extensão da onda. 

E como não poderia deixar de ser, o nascer do sol também vale muito.

Acorde cedo para dar uma olhada.

Durante a noite não vimos muito o que fazer, mas tenho uma dica de restaurante.

O nome é Ninas Real Food.

Foi indicado pelo pessoal do hostel que “ficamos, mas não ficamos” e pela dona do nosso hotel onde acabamos dormindo.

O restaurante é bem agradável. Nada luxuoso, mas bem badalado, grande e deu a impressão que todos os caminhos da cidade levam a ele. Vários turistas.

Aliás, pelo que vi, o Ninas Real Food fica no limite entre a parte legal e a parte mais caída da cidade, de acordo com a orientação da dona do nosso hotel.

No mapa está a localização do Nina’s. Desse ponto pra cima é a parte boa da cidade. Dele pra baixo começa a dar uma caída.

 

MOSSEL BAY

 

 

No dia seguinte pegamos a estrada para Mossel Bay. Uns 300 km de viagem.

Antes da viagem, eu tinha visto que no meio do caminho havia uma cidadezinha chamada Knysna. Resolvemos dar uma passada pra conhecer.

Meus amigos e amigas … que dó de não ter passado pelo menos uma noite nessa cidade. 

É muito legal.

A cidade é toda bem cuidada, com casinhas brancas de madeira, comércio nas ruas, restaurantes aconchegantes… e descobri que de lá saem os passeios pra ver as baleias. Muito legal!

Quem tiver mais tempo, aconselho passar uma noite em Knysna. 

Com o coração partido (olha o drama ! ) seguimos viagem.

Entre J-Bay e Mossel Bay ainda tem outros lugares bem interessantes, mas que não tivemos tempo de parar … Plettenberg Bay, Natures Valley e o bungee jump da Bloukrans Bridge, o segundo maior bungee jump do mundo… 

Chegando em Mossel Bay fomos direto ao nosso “hotel”, The Cove Guesthouse

Atendeu perfeitamente.

Era uma casa com um quarto anexo.

Ficamos nesse quarto, que tinha tudo: banheiro, cozinha, ar condicionado / aquecedor, garagem pra deixar o carro e uma varanda de frente para o mar.

Pagamos R$ 203.00 por uma noite, quarto duplo. 

A cidade, sinceramente, não tem nada demais. É uma cidade portuária.

A região do porto tem uns restaurantes interessantes, rústicos, bem estilo pescador. Acabamos não comendo lá.

Optamos por ir ao Delfinos. Um restaurante todo de madeira que fica de frente para o mar. E parece que foi uma boa decisão.

A região desse restaurante é a mais bonita da cidade. Tem umas casinhas coloridas de madeira, uma pequena orla pra caminhar e um mirante bonito.

Demos sorte de ver algumas baleias ao longe. Interessante!  

Também tem uma rua legal, com restaurantes, cafés etc… chama Marsh street.  

Resumindo, é uma cidade ok.

Acho que vale dar uma passada, de repente chegando depois do almoço pra pernoitar e seguir viagem. Mas não me cativou ao ponto de indicar passar um dia inteiro ou mais.

Se for se hospedar lá, eu sugeriria essa região perto do restaurante Delfinos. É a parte mais bonita, residencial. 

A VIAGEM PARA A CIDADE DO CABO

 

Na manhã seguinte, assim que acordamos, pegamos a estrada rumo à cereja do bolo, digo, Cape Town. 

Mossel Bay fica a cerca de 3h de Cape Town.

Na minha opinião, este trecho da estrada é a parte mais bonita da Garden Route. 

Paramos o carro mais de 10 vezes no acostamento pra fotografar.

Sensacional ! 

Tem várias plantações, ovelhas, colinas, praias e ao fundo tem aquelas cadeias de montanhas rochosas imensas… cada curva, cada subida e descida vinha uma surpresa.

Não estou exagerando, viu as fotos ?

Agora vai uma dica preciosa.

Cape Town tem um trânsito bem complicado na hora do rush.

De manhã o fluxo é rumo ao centro da cidade e na parte da tarde o inverso, meio óbvio né.

Portanto, se você estiver planejando finalizar a Garden Route por Cape Town, como eu fiz, se programe pra chegar à Cidade depois das 11h da manhã.

Se você fizer o inverso, começar por Cape Town, se planeje pra sair da cidade antes das 15h. 

Nós pegamos um trânsito brabo quando estávamos indo para o aeroporto, no final da viagem.

Saímos às 16h da cidade e levamos cerca de 1h e 20 num trajeto que, normalmente, levaria 25/30 minutos.

 

RESUMO

 

Passeio imperdível ! Alugue um bom carro, vá com tempo livre e curta o lugar. As paisagens são sensacionais. 

Foi muito legal conhecer as pequenas cidades sul-africanas.

Percebemos que algumas têm um estilo europeu. Possivelmente, em virtude da colonização.

Percebemos também um padrão nessas cidades. Quase todas contam com comunidades bem pobres ao redor. Um fenômeno parecido com o que acontece no Brasil, né ? 

Dá pra notar que as cidades estão crescendo e, talvez, de uma forma um pouco desordenada.

Fico imaginando como deveriam ser há 20 ou 30 anos. Mas ainda assim são lugares muito legais, que valem a pena conhecer.

Fomos no inverno, e foi bem tranquilo. Frio bem suportável. Mas imagino que no verão seja outra pegada, mais movimentado e até com possibilidade de entrar no mar, mas sempre atento com uns peixinhos que atendem pelo nome de tubarão.

Este trecho faz parte da viagem ÁFRICA DO SUL – Roteiro de 14 dias

Próximo Destino – CIDADE DO CABO (post em construção)

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